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PRÓXIMAS ATRAÇÕES (Parte 2)



OS MISERÁVEIS (Les Misérables). Depois de 27 anos de sua estréia na Broadway, o musical ganha sua versão para o cinema. OK.., os americanos adoram musicais e os brasileiros detestam. Mas o sucesso por aqui de Moulin Rouge e Mamma Mia! podem ter aberto um precedente. Anne Hataway, Hugh Jackmann, Russel Crowe e Amanda Seyfried (de Mamma Mia!) são os principais nomes do elenco, dirigidos por Tom Hooper (de O Discurso do Rei). Estréia mundial no Natal.


A VIAGEM (Cloud Atlas). Outro livro tido como infilmável, por muitos. Os produtores e diretores da trilogia Matrix toparam o desafio e convidaram o diretor alemão Tom Tykwer (de Corra, Lola, Corra) para orquestrar um elenco all-stars: Tom Hanks, Susan Sarandon, Hugh Grant, Halle Berry interpretam cada um 4 personagens diferentes, em épocas distintas. A crítica americana se dividiu quanto aos méritos do filme, mas o público já fez dele um sucesso neste final de 2012.







LINCOLN. Daniel Day Lewis (Sangue Negro, Meu Pé Esquerdo) incorpora o 16º presidente norte-americano, no mais novo filme de Steven Spielberg. O filme não se propõe a ser uma cinebiografia de Abraham Lincoln, mas se concentra mais especificamente no período da Guerra da Secessão.







THE MASTER (título provisório: O Mestre). O mais novo filme de Paul Thomas Anderson (de Sangue Negro) se saiu bem no último Festival de Berlim: ganhou os prêmios de melhor direção para Anderson e um prêmio compartilhado de melhor ator para Joaquim Phoenix e Philip Seymour Hoffman. O filme teve ótimas críticas nos EUA e um mediano sucesso de público. A história é uma mal-disfarçada biografia do criador da Cientologia, espécie de seita seguida por muitos astros de Hollywood, como Tom Cruise.





OSLO, AUGUST 31st.(título provisório no Brasil: Oslo, 31 de Agosto). Elogiadíssimo drama da Dinamarca, conta 1 dia na vida de Anders, que está se recuperando do vício em drogas numa clínica de reabilitação em Oslo. No dia 31 de agosto, ele ganha a permissão para sair, visitar família e amigos e fazer uma entrevista de emprego. 

PRÓXIMAS ATRAÇÕES (Parte 1)


          Sucessos de público. Sucessos de crítica. Sucessos em festivais. Todo tipo de filme, para todos os gostos. EM BREVE - no final de 2012 ou início de 2013, estes filmes estarão em algum cinema (ou locadora) perto de você:



AS AVENTURAS DE PI. (Life of Pi). Adaptação do premiado romance de mesmo nome, a história era tida como "infilmável". Ang Lee, o diretor de O Segredo de Brokeback Mountain e O Tigre e o Dragão aceitou o desafio e, pelo visto, se saiu muito bem. No elenco os conhecidos Tobey Maguire e Gérard Depardieu.



AMOUR. O sempre polêmico diretor Mikael Haneke (de Caché e A Fita Branca) surpreendeu este ano no Festival de Cannes, com esta história de amor entre um casal na faixa dos 80 anos. Nos papéis principais 2 astros franceses da década de ´60, Jean-Louis Trintignant e Emannuelle Riva O resultado: a Palma de Ouro em Cannes e muitos fãs nos Estados Unidos, que querem vê-lo disputando o Oscar.







ANNA KARENINA. A mais nova versão deste clássico da literatura russa. O talentoso diretor Joe Wright, de Desejo e Reparação e Orgulho e Preconceito, era mesmo a escolha mais acertada para esta nova adaptação cinematográfica. No papel-título a atriz preferida de Wright, Keira Knightley, dividindo a cena com Jude Law.






THE IMPOSSIBLE (título provisório: O Impossível). O diretor espanhol Juan Antonio Bayona, de O Orfanato, dirige seu primeiro filme internacional, com os astros Naomi Watts e Ewan McGregor. O filme obteve, por enquanto, a maior cotação no site Metacritic em 2012.







INDOMÁVEL SONHADORA. (Beasts of the Southern Wild). Para muitos críticos americanos, o melhor filme made in USA de 2012, até o momento. A atriz principal, de apenas 6 anos e nome quase impronunciável - Quvenzhané Wallis - tem recebido os maiores elogios por sua interpretação.

007 - Operação Skyfall


          A série (ou, como se diz hoje, "franquia") dos filmes de 007 é a mais longa e bem-sucedida da história. São nada menos que 50 anos. Um filme de 007 é praticamente um gênero em si, que após tantos filmes já estabeleceu "o que se esperar de um filme de 007". A história dos filmes de 007 teve seus altos e baixos - talvez a pior fase tenha sido com Roger Moore, onde, na década de 80 as bilheterias minguaram e praticamente se predestinou o fim da série. 
             Com a refilmagem de Casino Royale, apresentando Daniel Craig como o novo 007, parecia que haviam rescussitado com vigor este ícone do cinema. O filme seguinte, Quantum of Solace, não entusiasmou nem os fãs nem a crítica, e novamente voltou a pairar no ar a dúvida sobre o futuro de 007.
             Para este novo filme a produção caprichou ao escalar a equipe. Ótimo roteiro, Sam Mendes (de Beleza Americana) como diretor, além de coadjuvantes de luxo, como Ralph Fiennes, e principalmente, Javier Bardem. Os vilões sempre foram um ponto alto dos filmes de 007, e Bardem veio adicionar à galeria um dos melhores, superando de longe o seu trabalho premiado em Onde os Fracos Não tem Vez. Se é possível, ainda, um 007 ser original, talvez em seu vilão esteja o toque de originalidade. Até hoje, os inimigos de James Bond eram doidos de carteirinha com propósitos sombrios de dominar o mundo, planejando maluquices intangíveis como destruir a lua com um canhão de raio-laser. Mr. Silva (Bardem) é o inimigo na trincheira, atuando "nas sombras", cria do próprio serviço britânico de espionagem, causando um grande alvoroço apenas atuando como um poderoso hacker, o que lhe confere uma desconfortável verossimilhança.





            Sam Mendes teve total liberdade para dirigir Skyfall, a mesma que o produtor executivo Spielberg havia lhe dado quando fez Beleza Americana. A maior contribuição que Mendes trouxe foi o diretor de fotografia Roger Deakins. As sequencias externas em Hong-Kong são visualmente deslumbrantes, com um emprego de luz e cores que traduzem a atmosfera da cidade dominada pelos grandes anúncios em neon. 
             Skyfall perde um pouco do ritmo quando se aproxima do final, principalmente na longa sequencia que se passa na propriedade, antes pertencente aos pais de Bond, que dá título ao filme. Podemos acusar esta sequencia pelas quase 2h30 de duração do filme, que poderia ter sido um pouco enxugada. Neste ponto, o brilhantismo da performance de Bardem e da estupenda sequencia de Hong Kong ficam para trás, infelizmente. Mas o resultado como um todo ainda fazem deste um dos melhores James Bond produzidos nas últimas gerações. 

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Conspiração Americana


   Talvez propositalmente - ainda herança de ditadura dos anos 60-70 - a disciplina de História foi subestimada em nossas escolas. Sabemos tão pouco sobre o passado do nosso país, o que dirá sobre a história de outros países e culturas ! Por isso, o filme Conspiração Americana se desenrola quase como uma ficção para nós, espectadores brasileiros, afinal sabemos muito pouco sobre o episódio aqui retratado. Todo mundo sabe que o presidente Lincoln foi assassinado, em um teatro, por um homem mais tarde identificado como sendo ele próprio um ator teatral. E o que mais? Provavelmente nada mais. Então, imagino que o filme pareça até mais interessante a um brasileiro que a um americano, pois de verdade não sabemos como essa história irá terminar. Cientes de que História não rende muito em bilheterias, o filme nem foi lançado nos cinemas, levando 2 anos para chegar às locadoras.
    Conspiração Americana não é o primeiro filme de Robert Redford, e nem o melhor. Ele já provou como diretor que pode produzir filmes realmente muito bons, como Gente como a Gente e Quiz Show.  Conspiração... não está no mesmo nível de realização, mas tem em comum com esses 2 um excelente roteiro, uma direção firme (embora aqui não muito inspirada) e excelentes atores para o filme uma experiência plenamente satisfatória. 
     Redford, para quem não sabe, sempre foi praticamente um ativista, defensor de vários ideais democratas e um ferrenho crítico do partido republicano. Além de ter criado e manter um festival de cinema em uma pequena cidade dos Estados Unidos (Sundance, uma espécie de Gramado americana), Redford atuou em defesa de causas ecológicas, feministas e dos negros. Por isso, a decisão de filmar o episódio do assassinato do presidente Lincoln e o julgamento que o sucedeu, envolvendo aqueles acusados de conspirar e tramar o assassinato, não pode ter surgido gratuitamente, como apenas mais um filme a dirigir. Há um recado claro para esses tempos de neurose terrorista pós-21 de setembro. 
     Se o resultado fica apenas dentro do mediano, numa perspectiva meramente cinematográfica, o cuidado com a produção e a oportuna "mensagem' democrática que a trama inspira já é suficiente para torná-lo uma visão quase obrigatória.

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