Neste ano de 2012 são tantos filmes falando do "fim do mundo", graças à interpretação do calendário maia. Mas A Outra Terra fala não do fim do mundo, mas de um novo mundo. A descoberta e a cada vez maior proximidade de um planeta "clone" da Terra - uma "Terra 2" - desperta curiosidade, ansiedade e esperança entre os terráqueos.
No entanto, o filme não é bem uma ficção-científica, mas acima de tudo um drama, bastante humano, com toques de ficção científica. Centrado na relação dos protagonistas Brit Marling e William Mapother (conhecido com um dos vilões da série Lost), a "Terra 2" passa a significar uma segunda chance para os 2, mas por ironias da vida só há lugar para um deles na primeira nave que se aventura a conhecer nosso planeta gêmeo...
Os atores Brit Marling e William Mapother em cena do filme |
A Outra Terra foi a grande sensação do Festival de Sundance, criado e patrocinado pelo ator Robert Redford, vencendo em 2011 o Prêmio Especial do Júri. O mais incrível é que se trata de primeiro filme (roteiro e direção) de Mike Cahill, que demonstra grande talento e confirma minha teoria que roteiros originais (não baseados em livro ou peça de teatro) na maioria das vezes rendem resultados finais melhores do que as mais comuns adaptações.
Acho que desde Gattaca - a Experiência Genética não surgia um drama com toques futurísticos tão bom e tão profundo em suas questões. Uma boa estréia do novato diretor Cahill, de quem só nos resta esperar coisas boas para o futuro.
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